A Menina, o Príncipe e a Noite


O grupo


Caixa de Fuxico


da Cooperativa Paulista de Teatro


apresenta

A MENINA, O PRÍNCIPE E A NOITE

Espetáculo infantil criado a partir da pesquisa do conto português O Galvão, do mito Eros e Psiquê e das Festas do Divino brasileiras

A Pesquisa
“Conta a lenda que dormia uma princesa encantada, a quem só despertaria, o Infante que viria de além do muro da estrada...”
Fernando Pessoa





O espetáculo infantil “A Menina, o Príncipe e a Noite”, que dá continuidade ao processo de criação do grupo Caixa de Fuxico da Cooperativa Paulista de Teatro, teve sua montagem iniciada em agosto de 2006.

A criação foi desenvolvida a partir de pesquisas coletivas e técnicas de improvisações
no universo da música, no movimento corporal, do conto de tradição oral que se entrelaça com o mito nas raízes da ancestralidade portuguesa e das festas populares do Divino que ocorrem em várias regiões do Brasil. A Festa do Divino representada pelos rituais de coroação do imperador menino, a esperança popular e afetiva do futuro. A sonoridade do rufar das caixas do divino tocadas pelas caixeiras em seus rituais de abundância e fertilidade, como nos contam as pesquisas de Darcy Ribeiro.

Pesquisar e aprofundar foram os objetivos que nortearam o grupo para criar um espetáculo que respeitasse a inteligência e a sensibilidade de crianças e jovens e que traduzisse a riqueza das fontes da qual tem origem: a ancestralidade brasileira traduzida nos mitos e festas populares e no conto de tradição oral que assimila e sintetiza a forma de expressão popular dos medos e desejos humanos.

O projeto contou com o apoio do PAC número 22, Concurso de Apoio à Produção Profissional de Espetáculos Inéditos de Teatro do Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Cultura, tendo sido premiado com a quantia de R$ 15.000,00.

O espetáculo estreou no Teatro da Vila e realizou temporada de 02 de novembro a 16 de dezembro de 2007.
Fez também temporada no Teatro Paulo Eiró em junho/julho de 2008 e apresentação do evento Veja São Paulo em Ilha Bela em julho de 2008.




Proposta do espetáculo
“...Ele tinha que tentado, vencer o mal e o bem, antes que já libertado, deixasse o caminho errado por o que a princesa vem...”

O texto foi construído a partir do conto tradicional português O Galvão, que consideramos como uma versão do mito de Eros e Psiquê, este pesquisado por nós no Asno de Ouro de Lucius Apuleio, uma jornada mítica que relata as etapas de construção do ser humano até se tornar consciente de suas atitudes através da união e integração dos opostos. Não que realmente haja integração dos opostos, o dia e a noite não se integram totalmente, eles apenas deixam entrever em momentos curtos, como o crepúsculo e o nascer do dia, sua suave ruptura, metáfora essa que nos possibilita entrever uma fresta da alma, experiências e fraquezas humanas, do vir a ser... Idéia central que conduziu a criação do espetáculo.

No conto O Galvão a heroína, assim como Psiquê no mito, tem que cumprir várias tarefas até conseguir convencer a sogra a aceitá-la, o que implica no amadurecimento dos heróis que devem enfrentar seus conflitos e reverter para a comunidade seu aprendizado.

Nesse entremeio entre conto e mito, através do processo de improvisações e ensaios foi escrito o texto por Andrea Cavinato, com a colaboração de Péricles Raggio.

Proposta de encenação

“...A princesa se espera, dormindo espera, sonha em morte a sua vida, e orna-lhe a fronte esquecida, verde, uma guirlanda de hera...”


A proposta de encenação dá prosseguimento à linguagem cênica pesquisada pelo grupo que se utiliza da estética do artesanato brasileiro e das festas populares. A encenação inspira-se no Teatro Popular utilizando recursos corporais, canto, música ao vivo e bonecos. Assim como os movimentos do coração (sístole e diástole), ora o espetáculo se expande, ora se recolhe para que a história flua de forma orgânica.

Para isso a dramaturgia inclui elementos épicos, presentes na forma de narrativa. Os elementos dramáticos também fluem no jogo cênico entre ator, boneco e platéia.

O grupo pesquisa a manipulação de bonecos inspirado no bunraku. Além disso, utiliza outros recursos do teatro de animação como, por exemplo, objetos e tecidos e teatro de sombras na criação de imagens e climas propostos pelo texto.

A música foi pesquisada ao vivo, inspirada pelas improvisações e em pesquisas sobre as festas e danças populares como as congadas, o moçambique, o caroço e as manifestações portuguesas como a procissão da Senhora do Almortão. Outras canções foram compostas para integrar a imagem, o movimento corporal e o texto.

Os figurinos e objetos cênicos foram inspirados nas festas populares e a paleta de cores utilizada foi a da Festa do Divino. O conceito que norteou a criação foi de um figurino-cenário, muito próximo ao do Teatro Popular em festas e feiras de rua. A caracterização dos personagens acontece através de adereços cênicos que compõem planos e enquadramentos que remetem à estética das casas brasileiras do interior paulista.

Sinopse

Três irmãs, jovens costureiras, com a morte do pai, ficam muito pobres e têm que fugir de sua cidade natal. Elas chegam a uma cidade desconhecida e lá ganham de uma velha misteriosa uma casa que por ser assustadora ninguém quer. A Menina mais nova é atraída por uma voz que sai de dentro de um poço e vai parar em um rico palácio onde se casa com um misterioso príncipe que aparece sempre à noite e ela nunca pode vê-lo. Esse príncipe havia sido encantado pela Noite e é obrigado a viver na escuridão. No palácio ela é tratada como uma princesa, tem servos que fazem tudo o que ela deseja.
Suas irmãs com inveja sugerem que ela possa ter se casado com um monstro já que nunca vê o marido e a estimulam a usar uma lamparina para vê-lo. Quando ela faz isso, sem querer, queima o príncipe que fica ferido e muito triste a abandona.
Na tentativa de encontrá-lo ela atravessa muitas dificuldades e caminhos. A Rainha, mãe do príncipe, não quer aceitá-la como nora e impõe 3 tarefas impossíveis de serem realizadas. Mas com a ajuda de formigas, juncos e de uma torre altíssima ela consegue chegar até a última parte quando sucumbe à vaidade e passa por um terrível perigo do qual é salva pelo seu amado que a perdoa.
Eles se casam e nasce uma linda princesinha fruto do amor entre a Menina e o Príncipe que assim se liberta do encantamento da Noite.

Ficha Técnica

Direção..................................Péricles Raggio

Direção Musical.............Marcos Coin e Gabriel Levy

Atrizes:

Andrea Cavinato

Isabel Reis

Marina Donati

Vivian Ui

Músicos :

Estela Carvalho

Marcos Coin

Assistência de direção.....................Andrea Cavinato

Criação de Arte em figurinos, cenários, adereços....................Juliana Bertolini

Coreografia/Preparaçãocorporal....Tatiana Tardioli

Texto.........................Andrea Cavinato

Preparação vocal:........................Gabriel Levy

Confecção de Bonecos.................Claudio Cabrera

Fotos.........................Juliana Bertolini e Estúdio Ponto

Criação de Luz.................................Zhé Gomes

Iluminação:....................................Mário Panza

Execução de Figurinos...................Benê Calistro

Produção.........................................Andrea Cavinato

Necessidades técnicas:

A - Palco - Medidas ideais de palco:
Profundidade: 6m
Altura: 6 m
Largura: 8m
Coxias, saídas laterais e central no fundo do palco. Tomadas de 110 volts no palco para iluminação do Teatro de Sombras.
É necessário que haja possibilidade de escurecer quase totalmente a cena (Fadout/blackout).
B - Iluminação
1 Contra Âmbar - Fresnéis
1 Contra Azul - Fresnéis
1 Geral Branca - PC
1 Geral Âmbar - PC
1 Geral Azul - PC
1 Complemento dentro do palco Âmbar - Fresnéis
1 Complemento dentro do palco Azul - Fresnéis
3 Corredores 6 Elipsos recortados
1 Corredor 2 PCs com Bandos
2 focos c/ PCs Âmbar e Azul
1 Foco Elipso recortado
2 Focos redondos Elipsos
Mesa 24 canais Azul – 135 Âmbar – 105
C – Som.
A música do espetáculo é feita ao vivo e não utiliza microfones a não ser que haja necessidade devido à capacidade e à acústica do teatro, nesses casos são utilizados:
2 microfones (SM58 )com pedestais
4 microfones de lapela (não pode ser head-sett)
D – Equipe
Músicos: 2
Atrizes: 4
Técnico: 1
Produção: 1
Total: 8 pessoas





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